Exame genético fornece retrato das mutações tumorais em tempo real e permite definir tratamentos mais efetivos

Pacientes que tiveram suspeita de câncer ou que passaram por tratamento oncológico sabem que, a chamada biópsia é fundamental para o diagnóstico definitivo e confirmação do tumor maligno. O exame consiste na retirada de uma parte do tecido doente ou todo ele para confirmação do diagnóstico, classificação de seu tipo e análise de possíveis mutações genéticas daquele tumor.

Esse é um momento de apreensão para o paciente, seus familiares e amigos, não só pela expectativa de confirmar a doença, como também pelo procedimento cirúrgico realizado, que pode ser simples, em alguns casos, ou mais invasivo, o que significará internação, repouso, afastamento do trabalho e atividades e, principalmente, riscos de complicação durante a cirurgia. Caso confirmada a doença, essa biópsia será como um retrato da mutação e ajudará a equipe médica oncológica a definir o melhor tratamento para aquele quadro clínico. Contudo, conforme explica o oncologista, pesquisador e Diretor Clínico da Personal Oncologia de Precisão, André Márcio Murad, o câncer é uma doença imprevisível, mutante, heterogênea e complexa.

“Muitas vezes, a retirada de uma parte do tecido do tumor não fornece informações completas. Além disso, as mutações são sucessivas, mudando em pouco tempo a característica genética da doença”.

Acompanhando o tumor de perto

O que fazer então? Uma nova biópsia? A resposta é sim e não, ao mesmo tempo. Sim, o ideal é que se faça uma nova biópsia para entender como a mutação está se comportando. E não, porque, graças aos avanços da oncogenética – ciência que estuda aspectos moleculares, celulares, clínicos e terapêuticos das síndromes de predisposição ao câncer, é possível realizar a chamada biópsia líquida por meio de uma simples coleta de sangue.

O resultado do exame sai em poucos dias e será usado pelos oncologistas para a rastrear a doença, estratificar os pacientes de acordo com o seu risco de progressão e escolher o melhor tratamento a ser utilizado, além de monitorar a resposta ao tratamento e identificar precocemente os mecanismos de resistência no tumor.

DNA e RNA tumorais são extraídos do sangue do paciente, sem cortes ou cirurgias

“No sangue do paciente há células tumorais circulantes ou traços do RNA ou do DNA do câncer que podem fornecer informações valiosas sobre quais tratamentos são mais prováveis e efetivos para aquele paciente, quer sejam alvo-moleculares, hormonais, imunoterápicos ou mesmo quimioterápicos. A biópsia líquida pode ser usada para a caracterização molecular do tumor e sua natureza não invasiva permite repetir a amostragem para monitorar as mudanças genéticas e a presença, a quantificação ou a ausência do DNA tumoral ao longo do tempo, e em tempo real, sem a necessidade de uma biópsia tecidual”, explica o médico.

Esse tipo de exame é usado desde 2014 em países com a mais avançada Oncologia, como EUA, Alemanha, Inglaterra e França. No Brasil, desde 2016 vem revolucionando a oncologia. O teste é usado na avaliação inicial para escolha terapêutica em câncer de pulmão avançado e também quando o câncer já está resistente às terapias tradicionais para tumores como pulmão, mama, intestino, próstata, ovário, linfomas e melanoma, auxiliando o médico na definição de tratamentos alvo-moleculares ideais.

Esse tipo de tratamento alvo-molecular é diferenciado pois, ao contrário dos tratamentos convencionais, ataca somente às células mutantes, preservando células normais, não sendo, portanto, tão agressivo ao paciente.

Mas para que tipo de paciente e de cânceres o exame é indicado? Pacientes com qualquer tipo de tumor sólido, como câncer de mama, pele (melanoma), ovário, pâncreas, pulmão, colorretal, próstata e muitos outros já podem ser tratados usando-se essas novas tecnologias, que estão disponíveis no sistema privado de saúde. Com a evolução da tecnologia usada, em breve, a biopsia líquida estará também disponível para ajudar a definir tratamentos convencionais para tumores em estágios iniciais.

Acesse http://personaldiagnostica.com.br/v1/biopsia_liquida/ e Saiba mais sobre a biopsia líquida. Pergunte ao seu médico sobre a realização do exame!

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